Incentivo a Leitura
Mariana de Oliveira Martins Domingues
Introdução
Vivemos em um mundo onde a leitura é cada vez mais valorizada e condição para a sobrevivência numa sociedade em que leitura e escrita estão no centro. No entanto, a leitura que se apresenta como porta de entrada para a participação numa sociedade grafocêntrica não é a simples decodificação, é a leitura que proporciona uma efetiva atuação no mundo e nos sistemas que o regem. Entendendo-se como a leitura que coloca o leitor frente a um espelho, o leva a relacionar-se com o mundo, o inseri dentro de um contexto, e o conduz a leitura da realidade que o cerca reformando a si mesmo. Essa, ou seja, a leitura que está além das palavras e que está diretamente vinculada ao mundo tem se tornado condição para o exercício pleno da cidadania, inclusão social e desenvolvimento do próprio sujeito como representante de um grupo.
Entende-se por leitores aqueles que são conscientes de sua prática, aptos não só a interpretar, mas também a compreender o texto e suas funções. Contudo, muitas são as barreiras que se levantam para que a formação de leitores não seja alcançada, como a ausência de recursos, a não valorização da leitura e a má utilização de métodos educacionais. Devido à incapacidade de formar leitores, faz-se necessário avaliar os motivos deste fracasso e os déficits no processo de aquisição da leitura.
Por meio da identificação das principais causas desse insucesso, propõem-se visões pedagógicas e reflexões em que a leitura seja valorizada e incentivada por parte dos profissionais da educação, contribuindo, então, para a formação de leitores em classes populares.
Muitas são as carências que influenciam no processo de ensino-aprendizagem do aluno de classe popular, entre elas estão as baixas faixas salariais da família, a subnutrição, a desmotivação e a falta de acesso à cultura. Não podemos, então, responsabilizar unicamente a escola pela construção cidadã, pois a educação do sujeito não se