Incas
O ayllu consistia na unidade social básica do império. Era uma espécie de clã, um grupo de famílias que viviam juntas dentro de uma área definida, compartilhando da mesma terra, animais e outras coisas. Essa unidade social podia ser grande ou pequena, estendiam-se até formar uma aldeia ou grande centro ou até mesmo uma cidade inteira. Cuzco, a capital, era nada mais que um Ayllu ampliado.
Individualmente, ninguém possuía terras; O ayllu constava de um território definido, e os que viviam nele dividiam a terra. É importante lembrar que os incas não criaram o Ayllu, já que essa organização faz parte da evolução da sociedade andina, mas o sistematizaram e ampliaram.
Um Ayllu é governado por um chefe eleito e assessorado por um concelho de anciãos. Existe ainda um chefe de distrito, que é responsável por um determinado grupo de Ayllus, que por sua vez formam um território e que se unem para construir "uma das partes do mundo", governada por uma espécie de prefeito, ao qual só cabia responder ao soberano Inca.
O modo político e econômico define a estrutura piramidal e decimal desse império, que na base encontra o puric, o obreiro robusto. Cada dez obreiros eram mandados por um capataz; cada dez capatazes, por um sobrestante, que tinha por sua vez um supervisor, o chefe da aldeia. Essa hierarquia, composta por dez mil trabalhadores, assim continuava até chegar no chefe da tribo.
Uma vez ao ano, a cada outono, as terras do ayllu eram repartidas entre seus membros. Para cada novo casal, era entregue o jefe, que equivalia a aproximadamente uma área de noventa por quinze metros. A distribuição de terras se baseava no número de filhos que tinham que manter.
A terra comum do ayllu se repartia do seguinte modo: primeiro para o povo; em segundo lugar para o Inca, ou seja, para o Estado; e em terceiro para a religião do Sol — era uma espécie de dízimo. As porções de terra pertencentes ao Estado ou à religião eram