imunologia
Tânia Tieko Takao Catelan, Danilo Mesquita Jr.,
Reumatologistas
Júlio A. Pereira Araújo, Alexandre Wagner Silva de Souza, Luis Eduardo C. Andrade, Neusa Pereira da Silva
Reumatologistas
Wilson de Melo Cruvinel
Prof. Assistente de Imunologia dos cursos de Biomedicina e Medicina, Diretor do Departamento de Biomedicina da PUC-Goiás
Numeração de páginas na revista impressa: 35 à 57
Origem
Os linfócitos B se originam de células-tronco pluripotentes da medula óssea, que dão origem às células progenitoras mielóides e linfóides. Os progenitores linfóides, por sua vez, dão origem aos linfócitos B, T e células NK. Os linfócitos B são inicialmente produzidos no saco vitelino, posteriormente, durante a vida fetal, no fígado e finalmente na medula óssea. Na medula óssea a seqüência de rearranjos das imunoglobulinas e as alterações fenotípicas ocorrem durante a ontogenia das células B, de maneira análoga às células T do timo. As células que vão diferenciar-se em linfócitos B (LB) permanecem na medula óssea durante seu processo de maturação ao contrário dos LT que migram para o timo. Após a maturação as células B deixam a medula e caem na circulação, migrando para os órgãos linfóides secundários (Figura 1).
Os LB, diferentemente dos LT que dependem da apresentação de peptídeos pelo MHC, são capazes de reconhecer antígenos solúveis na sua forma nativa. As moléculas responsáveis pelo reconhecimento de antígenos nos LB são as imunoglobulinas de membrana IgM e IgD. O complexo do receptor de células B (BCR) inclui, além da imunoglobulina de membrana, duas cadeias peptídicas, denominadas Iga (CD79a) e Igb (CD79b), que se associam de modo não covalente, e têm função de dar início à sinalização intracelular após o encontro com o antígeno.