Imposto de renda negativo e políticas governamentais para a erradicação da pobreza
Pudemos observar através de nosso estudo, que o Brasil, nação com o oitavo maior PIB do mundo, ainda apresenta uma séria deficiência no que se refere à distribuição de renda. A história recente nos mostra que o crescimento econômico não foi acompanhado do aumento real da renda dos brasileiros, ocorrendo uma alteração significativa apenas a partir do começo da primeira década do século XXI, superadas as crises e controlada a inflação. Esses aumentos, no entanto, são fruto em grande parte das políticas colocadas em prática pelo Estado. Segundo Milton Friedman, a economia só se desenvolve se houver distribuição de renda. Quando bem desenvolvidas, politicas como reforma agrária, disponibilidade de crédito para micro e pequenos produtores, programas de renda minima, etc, tem grandes chances de alcançar êxito, como já ocorreu aqui no Brasil e no exterior. O poder da terra na mão de poucos, remonta a 1530, com a criação das capitanias hereditárias. Dados do censo agrícola mostram que dos 376 milhões de hectares cobertos pelos 5,8 milhões de estabelecimentos agrícolas do país, 3,1 milhões de pequenos agricultores têm acesso a apenas 10 milhões de hectares, 2,67% do total. No outro extremo, os 50 mil latifúndios que cobrem mais de 1.000ha detêm 165 milhões de hectares, portanto 16 vezes mais. Na prática, 1% controlam dos estabelecimentos controlam 44% do total, quase a metade do Brasil rural. Vale lembrar que o êxodo rural o exército de desempregados das grandes cidades, são em geral oriundos do campo, vítimas do agronegócio. Politicas de permanência no campo e de crédito para aumento de produtividade, possibilitariam o incremento na renda dessas pessoas e diminuiriam o inchaço das metrópoles. O recente Plano Nacional de Reforma Agrária busca corrigir esse problema. Em relação ao aumento de crédito para os produtores rurais e pequenos negócios das cidades, o BNDES historicamente