Importância sorológica em unidades hemoterápicas
A base da potenciometria foi estabelecida por Nernst, em 1888, descrevendo a origem do potencial de eletrodo entre um metal e uma solução contendo íons deste metal, e o potencial redox entre um metal inerte e uma solução contendo um sistema redox [35]. No início do século XX, era grande a necessidade de quantificar o grau de acidez, o que fez com que houvesse uma corrida para pesquisa nesta área.
O primeiro sensor potenciométrico usado para medir a acidez de uma solução aquosa foi o eletrodo de hidrogênio, proposto por Nernst em 1897 , entretanto, devido à sua complexidade, não tinha finalidade prática. Em 1906, Cremer desenvolveu o eletrodo de vidro para as medidas de acidez, o qual posteriormente foi aperfeiçoado por Haber e Klemensiewicz . No entanto, havia dois problemas a serem superados na medida de acidez: definir as unidades e melhorar a instrumentação de modo a ter uma leitura mais reprodutível. Curiosamente, o aperfeiçoamento tecnológico do eletrodo de vidro originou-se na comunidade acadêmica, enquanto a fundamentação teórica sobre as unidades de medida de acidez surgiu da indústria. Sörensen, trabalhando para a empresa Carlsberg, foi quem propôs a escala de pH, devido à necessidade de definir a influência da acidez sobre uma série de reações enzimáticas . Quase ao mesmo tempo, as empresas Beckman e Radiometer comercializaram o primeiro medidor de pH, em 1935, provavelmente inspiradas no trabalho pioneiro de Elder e Wright sobre medidas de pH com eletrodo de vidro e potenciômetro de tubo a vácuo. Assim, a cooperação entre indústria e academia contribuiu para o desenvolvimento da potenciometria,