importancia do ph
As práticas agrícolas e agroecológicas, tradicionais de nossos antepassados são hoje taxadas de ultrapassadas, antigas, sofrendo menosprezo pelo capitalismo. No entanto, não podemos nos esquecer que estas eram adaptadas para cada região, cultura e solo, que de certa forma podemos reconhecer como manejo agroecológico, uma vez que tinham preocupações intuitivas com os aspectos ambientais, sociais e econômicos, aspectos esses, que se identificam com a sustentabilidade do sistema agrícola produtivo. O manejo agrícola, apesar de ser rústico, baseava-se em conhecimentos e experiências usadas de longa data. Os ecossistemas eram manejados a partir de práticas adaptadas a cada microrregião. Portanto, observamos que o manejo agroecológico data, segundo Hecht, (2002), dos anos 70, mas a ciência e a prática agroecológica têm a idade da própria agricultura. Temos o exemplo da agricultura indígena, a qual utilizava mecanismos para adaptação das culturas às variações ambientais e proteção das mesmas contra predadores e competidores. Nesses moldes agrícolas, de base agroecológica, eram envolvidos outros recursos além da cultura comercial, ou seja, era um manejo que visava estabelecer uma harmonia entre os riscos ambientais e econômicos a fim de manter a base produtiva através dos tempos. Esses sistemas de produção incluem infra-estruturas como terraços, valas e equipamentos para irrigação, localmente desenvolvidos (HECHT, 2002). As atividades agrícolas, desde sua origem, envolviam simbologias e rituais que serviam para controlar as práticas de uso da terra e para codificar os conhecimentos agrários do povo que não conhecia a escrita. A influência da lua, dos astros, a maneira de plantar e cultivar uma determinada cultura eram observados rigorosamente. Na Idade Média, sobretudo no tempo da Inquisição, estes rituais foram proibidos por serem interpretados como feitiçarias. Seus executores sofriam perseguições até que