Implantação de uma lavoura de café

Dentre as culturas economicamente importantes para o agronegócio mundial o cafeeiro ocupa lugar de destaque no mundo globalizado. Originário da Etiópia, pertencente à classe Angiosperma, subclasse Dicotiledônea, pertence à família das Rubiáceas e ao gênero Coffea que reúne diversas espécies, sendo Coffea arabica (café arábica) e Coffea canephora (café robusta) as de maior interesse econômico e que representam, praticamente, 100% de todo o café comercializado, sendo que o arábica contribui com cerca de 70% da produção mundial e o robusta com 30%. Por ser uma planta perene e de clima tropical logo se disseminou pelo mundo, não demorando a chegar ao Brasil, pois o país atendia todas as necessidades exigidas para a sua adaptação e alta produção. Tem porte arbustivo ou arbóreo, com caule lenhoso, lignificado, reto e quase obtendo a forma cilíndrica.
As primeiras plantações de café formaram-se a partir de poucas plantas introduzidas, constituindo material muito uniforme e de pouca variabilidade genética. Durante quase 70 anos de pesquisas com genética e melhoramento do cafeeiro, o Instituto Agronômico desenvolveu dezenas de cultivares de café e acumulou extenso conhecimento sobre suas características e comportamento nas diversas regiões brasileiras. Avalia-se, hoje, que mais de 90% dos estimados 4 bilhões de cafeeiros, cultivados no Brasil, sejam provenientes desses trabalhos.
Houve, sempre, destaque especial para o desenvolvimento de material de alta produtividade e rusticidade, que fosse adaptado às mais diversas condições edafoclimáticas e se destacasse pelas características específicas, resultando em múltiplas opções para as variadas situações da cafeicultura nacional (FAZUOLI, 1999).
O café é uma importante fonte de renda para a economia brasileira, pela sua participação na receita cambial, pela transferência de renda aos outros setores da economia, pela contribuição à formação de capital no setor agrícola do país, além da expressiva capacidade de absorção de