IMPEDIMENTO TAXONÔMICO Conceito e desafios
IMPEDIMENTO TAXONÔMICO
Conceito e desafios
Brasília
2014
Taxonomia é a ciência que dá nomes, descreve e classifica os organismos, plantas e animais do mundo todo. Nos últimos 250 anos de pesquisa, taxonomistas conseguiram nomear por volta de 1.78 milhões de espécies, mas esse número ainda está longe do número total de espécies que pode estar entre cinco e trinta milhões.
A Taxonomia é importante, pois provê um entendimento básico sobre os componentes da biodiversidade que é necessário na hora de tomar decisões com relação à conservação e uso sustentável.
Conservacionistas, ecologistas, cientistas da biodiversidade e muitos outros dependem de informações taxonômicas para gerenciar, conservar, utilizar e compartilhar nossa biodiversidade. A escassez dessas informações taxonômicas junto com o gargalo do conhecimento taxonômico e a falta de taxonomistas e curadores treinados para preencher essa lacuna é conhecida como impedimento taxonômico.
Esse impedimento foi identificado pela Convention on Biological Diversity (Convenção da Diversidade Biológica - CBD) que é um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de 160 países já assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993. Essa convenção está estruturada em três bases principais: a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos, e se refere à biodiversidade em três níveis: ecossistemas, espécies e recursos genéticos.
Como mencionado anteriormente, o principal dos componentes desse problema do impedimento taxonômico é a falta de profissionais treinados para identificar espécies, descrever espécies novas para a ciência, determinar os relacionamentos taxonômicos dessas espécies e fazer previsões sobre suas propriedades. Essa escassez tende a piorar, pois a força de trabalho