impactos do desenvolvimento
A globalização introduziu novas concepções de organização social, indicando a necessidade de ajustamento das instituições, para responder de forma adequada aos novos, padrões e exigências. Como parte integrante desse cenário, as Organizações Não Governamentais (ONG) brasileiras, relevantes no contexto social nacional, na medida em que são constituídas da sociedade civil, podem ser definidas como o “aspecto político da sociedade: a forma como a sociedade se estrutura politicamente para influenciar a ação do Estado” (PEREIRA, 1998, p.5); segmento incrementado nas últimas décadas em virtude da piora das condições sociais e ambientais, da diminuição do apoio das organizações de cooperação internacional e da ação estatal direta que transferiu parte de suas atividades para as mesmas, teve que adequar- -se para sobreviver. No entanto, várias questões se apresentam que precisam ser discutidas nos três segmentos – Estado, Mercado e Terceiro Setor – e por toda a sociedade de forma ampla, que nos remetem à incompatibilidade entre as exigências que lhes são feitas e a disponibilidade de recursos para esse fim, cada vez mais escassos e com maior nível de entraves para sua obtenção, execução e prestação de contas, que colocam em risco sua independência e autonomia. A globalização, a intensificação das mazelas sociais e ambientais brasileiras e a exposição na mídia resultaram em maior divulgação e consciência da população sobre as relações entre os três setores e o papel de cada um na solução dos problemas coletivos. Este artigo busca fazer uma breve reflexão sobre o contexto econômico global e a ação das entidades sem fins lucrativos, abordando questões que implicam em mudar sua forma e estratégia de atuação.