Impacto Estrat Gico E Social
(Texto extraído do livro Inovação e Empreendedorismo)
A manufatura é parte central da civilização, e seu desenvolvimento ao longo dos anos trouxe grandes mudanças – no modo como vivemos e como trabalhamos, nos padrões de vida pelos quais temos expectativas. Mudanças como as que ocorreram nos séculos XVIII e XIX foram tão grandes que chegaram a ser chamadas de Revolução Industrial – nada exagerado, dadas as enormes transformações sociais e econômicas que a envolveram. Porém, o modelo ainda persiste hoje com maiores desafios em termos de globalização, personalização/customização, virtualidade e outros. Possivelmente, haverá vencedores e perdedores nesse jogo. Parte do gerenciamento de inovações exige uma conscientização dessas tendências e algumas respostas inovadoras no trato daquelas. Por exemplo, a manufatura de vestuário sempre foi uma grande fonte de emprego porque as texturas macias dos materiais tornavam a automação mais difícil que em setores como a metalurgia. Mas operações de trabalho inevitavelmente intensas como essas se deslocam por regiões em que os custos de mão de obra são mais baixos, assim, os anos mais recentes presenciaram o setor movimentando-se pela América Latina, África e partes da Ásia, com uma crescente concentração na China de hoje. Isso traz implicações não só para o desenvolvimento econômico dessas regiões, mas também para as indústrias de vestuário localizadas em economias como custos salariais mais elevados. Uma solução tem sido aumentar capacidades e componentes agregadores de valor desenvolvidos nesses países, tais como design e distribuição por marcas, e operar a linha de montagem de baixo custo em outro lugar. No entanto, empresas como as europeias Zara e
BeneHon introduziram modelos alternativos pioneiros que sugerem a existência de outras opções. Utilizando o velho conceito de grupos regionais e sistemas de economias locais, elas criaram e sustentam uma indústria que ainda se situa amplamente na