Impacto do diagnóstico pré-natal
NUNES, Maria do Céu Diogo. Impacto do diagnóstico pré-natal (DPN) citogenético e ansiedade materna sobre a interação precoce mãe-bebê. In: Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2013 abr/jun
Em razão do crescente aumento da industrialização brasileira, do contínuo processo de urbanização e diversos fatores de gênero, a mulher, nas últimas décadas do século XX, foi inserida no mercado de trabalho, acarretando, assim, no aumento da frequência da gravidez após os 35 anos. No entanto, sabe-se que a gravidez tardia apresenta riscos maiores, como, por exemplo, a maior probabilidade de ocorrência de cromossopatias, tais como a Síndrome de Down. Em seu artigo, Maria do Céu Nunes, comprova tais fatos e procura comprovar a ansiedade das mães ao saber de tal risco e relacionar à procura do o diagnóstico pré-natal (DPN), a amniocentese.
A amniocentese é um método de diagnóstico invasivo que coleta o líquido amniótico para analisar as células fetais flutuantes, tendo um impacto significativo no psicológico de mães, uma vez que apresenta risco de aborto. Para Nunes, tal diagnóstico interfere na qualidade da relação materno-fetal e tende a acentuar a ansiedade da gestante relativamente ao bem-estar do seu bebê. Para comprovar tal fato, Nunes utilizou três grupos para pesquisa: mulheres grávidas, com idade gestacional entre as 12-18 semanas, selecionadas para amniocentese por critérios etários com 35 anos ou mais, selecionadas para amniocentese por rastreio com idade inferior a 35 anos e gestantes entre os 20 e 34 anos não selecionadas para amniocentese.
Diante dos resultados da pesquisa, comprovou que a execução de procedimentos de DPN citogenético parece não influenciar na relação mãe-bebê, já que não verificou diferenças significativas entre os grupos de mulheres grávidas. No entanto, em relação ao estado ansioso das gestantes, os resultados comprovam que os procedimentos contribuem para ter tranquilidade na gravidez, uma vez que não foi detectada nenhuma