Acolhimento ás mulheres grávidas soro positivas
O presente projeto de intervenção busca métodos para garantir um melhor acolhimento das gestantes com HIV/AIDS. Deste modo, este pretende elucidar algumas questões referentes à feminização da AIDS e os impactos da doença na realidade das mulheres em tratamento no Ambulatório de DST/AIDS da Policlínica de Especialidades Prefeito Francisco Nunes da Silva do Município de Itaboraí.
Deve-se destacar que a epidemia vem atingindo cada vez mais mulheres com parceria fixa ou casada, com baixo nível de escolaridade e renda, com escassos acesso a informações e precário acesso a serviço de saúde. Dentre os fatores que caracterizam a vulnerabilidade das mulheres ao HIV/AIDS está a falta de autonomia na relação com os homens (Coleção ABIA, 2003). Neste sentido, pensar os impactos da AIDS no universo feminino significa problematizar as relações de gênero, buscando compreender as desigualdades culturalmente construídas entre os sexos e suas implicações para as mulheres. Conforme a Constituição da República Federativa do Brasil “As pessoas que vivem com HIV, assim como todo e qualquer cidadão e cidadã, brasileiro e brasileira, têm obrigações e direitos garantidos”. Em seu artigo 196, por exemplo, consta que "saúde é direito de todos e dever do Estado". No caso da AIDS, esse direito é sinônimo do direito à própria vida, a ser vivida com dignidade e plena acesso a uma saúde pública de qualidade.
Surgimento do Programa DST/AIDS em Itaboraí – RJ
Em 1992 chegaram 19 casos de HIV/AIDS no Município já notificado pela rede privada, estes casos foram encaminhados para o Hospital Estadual Azevedo Lima. Durante os anos de 1993,1994 e1995 ocorreu um grande acumulo de casos havendo a necessidade de subdividi-los entre os hospitais CPN, Azevedo Lima e Pan de Neves. Diante desta demanda, houve a necessidade de implantar no Município o Programa de DST/AIDS. Assim, em maio de 1996, este foi inaugurado, contando com equipe de apenas um médico e uma técnica