Immanuel Kant Critica da Faculdade de Julgar Estetica
IMMANUEL KANT
Coordenac;io de Roberto Machado
Proust e os Signos, de Gilles De/euze
Foucault e a Psicanalise, de Ernani Chaves. Apresentat;ao de
Benedito Nunes
Os Ultimos Dias de Immanuel Kant, de Thomas de Quincey
CRITICADA ,
FACULDADE DO JUIZO
TRADUCAO de Valerio Rohden e Ant6nio Marques
FORENSE
UNIVERSITARIA
Primeira Parte
CRITICA DA FACULDADE DE JUIZO
ESTETICA
I
Primeira
ANALITICA DA FACULDADE DE JUIZO ESTETICA
Primeiro Livro
ANALITICA DO BELO
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Primeiro momento do juizo de gosto , segundo a qualidade
§ 1. 0 jufzo de gosto e estetico.
Para distinguir se alga e belo ou nao, referirnos a representa((8.o, nao pelo entendimento ao objeto em vista do conhecimento, mas pela faculdade da imagina((8.o (talvez ligada ao entendimento) ao sujeito e
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A definiyAo do gosto, posta aqui a fundamento, e de que ele e a faculdade de ajuizamento <Beurteilung>* do belo. 0 que porem e requerido para denominar urn
Objeto belo tern que a analise dos jufzos de QOStO descobri-10. lnvestiguei OS momentos, aos quais esta faculdade do julzo em sua reflexao presta atenyAo, segundo orientayAo das func;c5es 16gicas para julgar (pois no julzo de gosto esta sempre contida ainda uma referAncia ao entendimento). Tomei em considerayAo primeiro os da qualidade, porque o julzo sobre o belo encara estes em primeiro Iugar.
(K).
* A traduyAo de Urteil por julzo e Beurtei/ung por ajuizamento (outros traduziram-no por julgamento) teve em vista marcar mais uma diferenc;a terminol6gica do que conceitual, nao explicitada em Kant. A diferenc;a de sentido entre ambos os termos foi modernamente elaborada por W. Windelband (Praludien, 1884, p. 52 e segs.), para quem Urteil expressa a uniao de dois contelldos representacionais, e
Beurteilung a relayAo da consciAncia ajuizante com o objeto representado, nao ampliando o conhecimento mas expressando aprovayAo ou desaprovac;ao.
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ao seu sentimento de prazer ou desprazer. 0 jufzo de gosto nao e, pois, nenhum jufzo de