Imagem e autoimagem: a influência da mídia e os riscos à saúde dos adolescentes escolares do sudoeste baiano
O período da adolescência corresponde a um conjunto de fatores que aceleram o
desenvolvimento cognitivo e a estruturação da personalidade humana, compreendendo a faixa
etária que vai dos 10 aos 19 anos de idade (DAVIM et al, 2009). Além disso, a adolescência
pode ser caracterizada também como um momento de vulnerabilidade tanto física, quanto
psicológica e social, haja vista que nesta etapa da vida são expostas diversas modificações no
processo de desenvolvimento do ser humano. Por isso, este momento específico demanda da
família, dos profissionais da saúde e educação, bem como da sociedade em geral, uma atenção
especial no que diz respeito às ocorrências de risco à saúde (HEIDEMANN, 2006).
Segundo Adami, Fernandes, Frainer e Oliveira (2005), a imagem corporal é um
complexo fenômeno humano que envolve aspectos cognitivos, afetivos, sociais, culturais e
motores. Logo, o conceito da imagem corporal está associado com a percepção que o
indivíduo tem de si próprio e a relação estabelecida com as influências apresentadas pelo
meio em que vive.
Dessa forma, conforme Alves, Pinto, Alves, Mota e Leirós (2009) o processo de
construção e desenvolvimento da imagem corporal está associado às concepções
determinantes da cultura e da sociedade. Neste caso, o ideal de estética corporal vem
passando por alterações à proporção em que os valores, as normas e os comportamentos vão
se modificando. Então, nota-se que, no interior de uma cultura que valoriza extremamente a
magreza, há uma verdadeira cultura do magro (nomeadamente a cultura ocidental), logo as
pessoas procuram atingir esse ideal de beleza, a fim de que possa fazer parte dessa estrutura
social.
Segundo Farias Junior e Lopes (2004), o estilo de vida é caracterizado por um
conjunto de comportamentos que são adotados no dia-a-dia e representa um dos principais
moduladores dos níveis de saúde e qualidade de vida das pessoas.