ILÍADA E TRÓIA
2007
Comparação
Segue nestas paginas uma comparação entre o filme Tróia, dirigido por Wolfgang Petersen, a Ilíada de Homero. Para uma grande comparação, eu necessitaria analisar cada linha da obra, e contrapô-la com o filme, entretanto, atualizarei apenas alguns trechos da obra e um resumo, que consta no prefacio da tradução de Odorico Mendes (1964), e a memória por ter assistido pelo menos quatro vezes o filme. A mais marcante diferença, percebida nas primeiras paginas de leitura é a grande presença dos deuses em toda a obra, o que é ignorada no filme. Tanto que Paris (igualmente covarde nas duas obras), é salvo da fúria Menelau pela deusa e sua protetora Afrodite. Percebe-se também o descaso aos deuses quando, no filme, Aquiles insulta Apolo, decepando a cabeça de sua estatua, nada acontece aos gregos, e na Ilíada, Agamêmnon insulta o sacerdote de Apolo e a ira divina cai sobre os gregos, ate que esse mal seja retratado. A guerra de Tróia acontece pelo mesmo motivo nas duas obras. Expansão territorial, por parte de Agamêmnon, que tenta conquistar a cidade à cerca de 10 anos, e o rapto de Helena, esposa de Menelau, por Páris.
Grande diferença percebe-se no personagem Aquiles, o qual reconhece e respeita os deuses, sendo ele mesmo filho de uma, Tétis, ou quando recebe de Zeus a promessa de que Agamêmnon ira pagar caro por uma afronta feita ao herói. Aquiles, no filme, despreza os deuses, colocando-se acima deles pelo fato de ser um homem mortal. Também Aquiles abandona a guerra, no filme, por amor a Briseida, o que não acontece na obra de Homero, já que ele deixa de lutar quando Agamêmnon insulta-o. Mas volta quando Pátroclo é morto por Heitor. Neste mesmo coadjuvante há uma diferença nas duas obras, no filme ele é primo de Aquiles, na literatura é apenas um amigo muito próximo.
Forte é a semelhança entre os dois personagens Agamêmnon. Ambos são arrogantes e autoritários, e articulam para conquistar Tróia.
Em demais, o filme é muito