Aquiles de Hollywood versus Aquiles da Ilíada
O filme deveria ter começado com a atuação política que Aquiles exerce quando convoca uma assembléia a fim de que fossem tomadas as melhores medidas para solucionar o grande problema que o exercito grego estava passando. É durante ela que toda a guerra de tróia irá tomar proporções gigantescas. Nessa ocasião a ira de Aquiles se acende, já que Agamémnone, o rei supremo dos gregos priva-o de sua escrava Briseide. Com essa grande ofensa Aquiles resolve afasta-se das lutas e com eles os mirmídones. Como podemos perceber o filme suprime essa cena que dá inicio a Ilíada, prejudica o personagem Aquiles e não deixa claro que o herói irá ausentar-se da guerra, e o motivo pelo qual fez isso.
Cego pela ira o divo Pelida pede a sua mãe que fale com Zeus, para que este o honre fazendo com que os troianos saiam vencedores nas batalhas, assim os aquivos sentiriam sua falta nos combates. Entretanto, no filme não há essa cena que prejudica de certa maneira a imagem de Aquiles, pois este era respeitado pelos deuses. Além disso, a cinema erroneamente opta por descrever Aquiles como um profanador dos deuses, quando inventa a cena que Aquiles chega à praia de Tróia e destrói o templo de Apolo. Na Ilíada não existe esse relato. O filme aborda fatos que não são descritos na Ilíada. Destaca um romance muito explícito entre Aquiles e a escrava, inventa a cena onde ele se opõe, e levanta a espada contra os soldados gregos que capturam Briseide. E isto, não foi descrito na Ilíada, pelo contrário ela narra que o filho de Peleu não se opõe a retirada da escrava. “[...]