Ilíada e odisséia - além do tempo e do espaço
A cultura grega era fundamentalmente antropocêntrica e racional. Sua arte tinha a beleza como objetivo nuclear; buscava o equilíbrio, a linearidade e a harmonia. Nas Artes Plásticas, alcançou seu apogeu entre os século IV a.C. E I d.C. Na Literatura, esse apogeu foi anterior, entre os séculos IV e VI a.C., sendo o primeiro povoa escrever da esquerda para a direita e de cima para baixo. Entretanto, nos tempos anteriores a esse fato, muitas lendas e mitos foram criados e consagrados em histórias passadas oralmente de geração para geração.
Esses mitos geralmente contêm um sentido simbólico que transcende o tempo a que pertenceram, legando ao mundo modelos e exemplos que vão além das aparências circunstanciais. Eles podem ser retomados, adaptados e recriados em novas conjunturas, prestando-se a situações incrivelmente atuais. Até mesmo a Psicologia fez uso deles para designar arquétipos, ou seja, modelos exemplares, típicos, de comportamento. A nós interessarão, sobretudo, os avanços na Filosofia e nas Artes, principalmente na Arte Literária.
No século XX a.C., a Grécia era formada por vários povos. O povo heleno teve uma formação longa e tumultuada. Os pelasgos, nativos da península grega, sofreram a invasão dos aqueus e de vários outros povos, como os cretenses, os jônios, os eólios, os dórios, que disputaram espaço e poder naquela região. As várias lutas empreendidas, a trajetória dos povos que se enfrentaram, suas religiões e suas crenças foram se intercalando, gerando fábulas, mitos e histórias. Cantadas pelos aedos