iluminismo e o mito da caverna
Curso de Comunicação Social
Habilitação: Jornalismo
Disciplina: Filosofia e Comunicação
Professora: Dauto da Silveira
Autor: Felipe Bello
Abril/2011
Iluminismo e o Mito da Caverna
Entendendo o ser enquanto menor perante as questões acerca de sua existência, é pertinente colocar que o homem, na medida em que se habitua a condição de servo e obediente na relação com a sociedade, exerce o mesmo papel do prisioneiro que vive à sombra do mundo real.
Tanto na Teoria das Ideias quanto no Iluminismo, a culpa por essa condição é a acomodação do homem, ora por covardia, ora por conforto, o indivíduo que se vê nessa situação é culpado, pois não faz nada para mudá-la. Por conseguinte, as fórmulas, os preceitos e os paradigmas contribuem para que essa condição permaneça imóvel, o que faz da saída do homem para a ilustração ou para o mundo das ideias uma tarefa ainda mais árdua.
Da mesma forma em que, para Platão, a filosofia é o instrumento para o prisioneiro sair da ignorância e chegar ao mundo real, para se chegar a Ilustração, é necessário que o homem possa compreender através do seu próprio entendimento, desamarrando- se das fórmulas, e exercendo a crítica que um erudito deve ter perante as questões da comunidade. O prisioneiro que se acostuma com as imagens e grilhões da caverna é também o indivíduo que aceita a ordem colocada pelos tutores e pela religião. No entanto, somente a saída dessa condição não é o suficiente, de modo que é preciso contribuir para que outros indivíduos saiam da menoridade, da caverna.
Sempre haverá, de facto, alguns que pensam por si, mesmo entre os tutores estabelecidos da grande massa que, após terem arrojado de si o jugo da menoridade, espalharão à sua volta o espírito de uma estimativa racional do próprio valor e da vocação de cada homem para pensar por si mesmo.(p.6)
A condição do ser como menor, ou como prisioneiro, se difere na maneira em que a mudança dessa