iluminismo e positivismo
O Iluminismo nasceu da Ilustração, um movimento bastante heterogêneo que caracterizou o clima intelectual do século XVIII. A idéia básica era a de denunciar os séculos precedentes ao século XVI, ou seja, a chamada Idade Média, como um perído sem luz, de trevas.
Os historiadores e pensadores do século XVIII, e especialmente os filósofos, queriam que a razão - finita, a do homem - regrasse a vida e tudo o mais, de modo que todos ficassem livres de juízos vindos da autoridade, da tradição ou da fé dogmática. O cume de tal movimento, na França, foi a criação da Enciclopédia. O Iluminismo, portanto, historicamente tem a ver com a Ilustração e com os trabalhos de Diderot, D'Alembert, Voltaire e outros na construção da Enciclopédia e no que ficou conhecido como enciclopedismo.
Nos séculos XIX e XX, os filósofos começaram a ver a Ilustração como apenas uma etapa de algo maior, que seria, então, o Iluminismo. É certo que a palavra Iluminismo já estava antes colocada - para ingleses e americanos, Enlightenment, para alemães Aufkärung, para franceses, Les Lumières -, mas ela se referia, basicamente, ao "século das Luzes", o século XVIII. No século XIX, com Hegel e depois com Nietzsche e, no século XX, com a Escola de Frankfurt, cada vez mais o Iluminismo passou a ser um conceito transhistórico (não confundir com a-histórico). Isto é, o conceito de um movimento que, sendo de combate da razão contra o dogmatismo da autoridade, não teria geografia ou história, poderia ser um título usado para qualquer época e lugar.
Ao Iluminismo em geral opomos o Romantismo, que é um movimento que caracteriza a razão não como finita, mas como Razão, ou seja, como ordem do Cosmos ou do Mundo ou da Natureza. A idéia, então, é a de que nem sempre a razão finita, humana, pode dizer sozinha onde estão os caminhos que devemos