Ilhas como prova do evolucionismo

Weverton Carlos Ferreira Trindade

Introdução
Segundo Jerry Coyne (A Evidência da Evolução, 2009):
“podemos resumir a teoria da evolução em uma única frase: a vida na Terra evoluiu gradualmente, tendo começado por uma única espécie primitiva que viveu há mais de 3,5 mil milhões de anos – talvez uma molécula que adquiriu a capacidade de se replicar; de seguida, com o passar do tempo, alterações em algumas das moléculas descendentes levaram a um processo de ramificação que deu origem a muitas espécies novas e diversas; e o mecanismo para grande parte da mudança evolutiva é a seleção natural”.
Assim, a teoria do Evolucionismo pode ser divida em seis componentes: evolução, gradualismo, especiação, ancestralidade em comum, seleção natural e mecanismos não seletivos de mudança evolutiva. E observando a biodiversidade das ilhas podemos encontra estas seis componentes, muitas das quais serão descritas a seguir.
Darwin analisou a distribuição das espécies em diferentes ilhas, formulando hipóteses que podem servir de provas a favor do evolucionismo. No capítulo 12 de “A Origem das Espécies”, Darwin relatou a diferença entre os bicos de pássaros da mesma espécie de acordo com o tipo de semente que se encontra no local, sendo estas observações determinantes da divulgação livro.
Da publicação de “A Origem das Espécies” até os dias atuais, muitas outras provas a favor do evolucionismo vem sendo descobertas. Muitas delas em ilhas, que contém todos os fatores necessários para o estudo dessa teoria tão polêmica.

Biodiversidade de ilhas como prova do evolucionismo
Uma ilha é qualquer porção de terra emersa, menor que um continente, cercada de água em oceano, lago, mar ou rio. Os arquipélagos têm tido um papel significativo no estudo dos processos de especiação (Salgueiro et al., 2004), sendo as ilhas foco de grandes esforços de conservação, pelo fato das espécies endémicas insulares serem as mais vulneráveis à extinção (Frankham et al., 2002).
Segundo Pedro Rodrigues