ilha do medo
Vale ressaltar que a narrativa se situa na década de 50, no auge da paranóia da opinião pública norte–americana sobre a Guerra Fria e o anti-comunismo, contexto que potencializa ainda mais a vertigem paranóica do filme.
Ao encarnar o personagem arquetípico do detetive: Teddy tem que resolver o enigma proposto, sem saber que a solução final desse enigma levará à própria identidade perdida ou esquecida. Esta perda cria o estado de paranóia: em quem confiar? Como distinguir a verdade da mentira? A ilusão da realidade? Por que os fatos se sucedem sem causalidade? Como saber se o que ele sente é sanidade ou loucura?
Começamos a notar algumas alterações da senso percepção de Teddy, pois quando chega na ilha começa a ter dores de cabeça e assim as luzes parecem ficar mais intensas, e é nesse ponto que passamos a suspeitar de toda essa lógica, pois ele tem alucinações combinadas que são visuais, auditivas e etc, enxergando e conversando com a esposa e a filha (já mortas) auxiliando-o a agir. Com essas alucinações o detetive passa a desenrolar um pensamento persecutório de que é uma grande conspiração para ele estar lá. Suspeita de que na comida, no cigarro e etc, teria algo implantado e que escondem pessoas no local com o intuito de fazer experimentações cirúrgicas.
E então descobrimos que na verdade não há nenhum desaparecimento, e que o 67º paciente, que ele pensa estar sumido, é ele mesmo e que há anos tratado nesse hospital depois de ter matado sua mulher ao ver que seus filhos tinham sido assassinados por