Ilha do campeche
Localizada a sudeste da Ilha de Florianópolis, a Ilha do Campeche mostra, através de Sua Arte Rupestre vestígios de uma civilização milenar sucedida pela passagem de espanhóis, portugueses, ingleses e açorianos. No final do século XVIII o Capitão Isidoro Pires, açoriano, constrói na Ilha as armações que iniciam o período da caça às baleias. Até 1940 era ocupada por famílias da Armação do Pântano do Sul, sendo que a partir desta data se encontra aos cuidados de dois ocupantes oficializados, a Associação Couto de Magalhães de Preservação da Ilha do Campeche e Pesqueira Pioneira da Costa.
A mata atlântica abundante na Ilha começou a ser depredada já com os primeiros colonizadores. O principal foco era o pau-campeche, que dá nome ao local e que, a exemplo do pau-brasil, era largamente usado para tingir tecidos. Além do extrativismo, a vegetação deu lugar a plantações de mandioca que alimentavam os pescadores estabelecidos na Ilha.
Com a ocupação da Ilha pela Associação de Pesca Amadora Couto de Magalhães, alguns animais exóticos foram inseridos no local para que exterminassem escorpiões e para que servissem de caça aos pescadores que por ventura ficassem ilhados por conta do mau tempo. Com isso, macacos, quatis, galinhas e patos passaram a fazer parte da paisagem.
O problema é que a caça não atendeu à demanda, e houve um grave desequilíbrio ecológico. Com a mudança para Associação Couto de Magalhães para Preservação da Ilha do Campeche, os macacos foram eliminados da Ilha. No entanto, os quatis ainda permanecem no local, alimentando-se de ovos, pássaros e de restos de comidas deixados pelos visitantes.
Sob um perímetro de 3.853,00 metros e uma superfície de aproximadamente 380.000 m2 a ilha do Campeche possui um riquíssimo ecossistema e abriga uma enorme e variada quantidade de sítios arqueológicos tanto Históricos quanto Pré-históricos.
São mais de 100 petróglifos distribuídos em 10 sítios arqueológicos, 9 estações líticas, monumentos rochosos