Ilha das flores

ILHA DAS FLORES

No filme Ilha das Flores deparara-se com muitas cenas fortes, chocantes. O filme choca até pelo fato relacionado ao título, pois quem lê pensa que irá ser algo confortante aos olhos e ao psicológico, mas quando começa a rodar o filme nos deparamos com a miséria, sendo este o tema central. O diretor Jorge Furtado realmente faz com que seu telespectador fique vidrado ao ver o filme, pois vai explicando cada coisa mencionada como, por exemplo, sobre os tomates do Sr. Suzuki, o perfume de dona Anete, o surgimento do dinheiro e as peculiaridades dos seres humanos (o polegar opositor e o tele-encéfalo altamente desenvolvido). Uma característica marcante do curta-metragem Ilha das Flores é a profusão de imagens. É como se tudo fosse uma verdadeira colagem feita pelo diretor e pelos editores do filme.
Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e “acaba no lixo”. Entre aspas porque Ilha das Flores segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos.
Perceber-se que as coisas não mudaram muito entre o Brasil daquela época e o de hoje...
A miséria ainda existe, a desigualdade permanece e o “ser humano” perde sua razão.
Como diz o escritor Isaac Bianchi: “Nada do que é humano merece muita pompa ou reverência. A miséria moral e material nesse mundo é tanta que qualquer ação construtiva não passa de uma obrigação de qualquer um.”
E para concretizar a idéia do filme venho por meio deste concordar com Eulina Monteiro da Silva:
“Enquanto houver, desigualdade racial, preconceito e descriminação, jamais poderá haver a tão infatizada