IJSN : Trajetória
Andréa T. Souza1
Mirian A. Viana1
Ruteneia O. Nascimento1
1. INTRODUÇÃO
Na sua trajetória econômica, o Espírito Santo viveu alguns momentos em que se evidenciaram as intenções de seus governantes de construir condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Caliman (2003) exemplifica as intenções para o desenvolvimento do Estado comparando os governos estaduais. De acordo com Caliman (2003), o governo de Cristiano Dias Lopes se preocupou em resolver o problema causado pela crise do café e consequentemente a erradicação dos cafezais que afetou intensamente a economia capixaba. Ainda segundo Caliman (2003), o governo de Élcio Álvares preocupou-se fundamentalmente em modernizar a estrutura estadual e promover investimentos que dessem sustento aos grandes empreendimentos que se instalavam no estado naquele período, os chamados “grandes projetos”.
A crise de erradicação dos cafezais que afetava o estado no final dos anos de 1970 somava-se a crise internacional do petróleo, que afetou o país com uma forte inflação. Era uma grande crise econômica nacional que atingia o Estado, pois, nestas condições, o governo federal não tinha condições de liberar recursos para investimento estadual (BETTARELLO, 2012).
O Estado carecia de um quadro técnico com capacidade para formular políticas de planejamento. É importante ressaltar que este não era um problema local, essa carência de quadro técnico atingia o território nacional. Diante dessa problemática o Governo de Arthur Carlos já cogitava a criação de uma fundação voltada para estudos e pesquisas, mas somente o governo Élcio Álvares com uma grande reforma administrativa, implantou-se a Secretaria de Planejamento e juntamente com ela uma Fundação de Apoio a Estudos e Pesquisas (VILLASCHI, 2012).
Então, no governo de Élcio Álvares uma nova estrutura administrativa foi construída através da Lei Estadual 3.043. E no