Iguais Na Cor Do Sangue E Na Constitui O
Apesar de ter seus direitos de igualdade na Constituição, o negro, além de ser discriminado por suas raízes históricas, em que era considerado inferior, é taxado [tachado] pejorativamente, nas suas condições econômicas e sociais, de pobre e ladrão.
No período colonial, os Jesuítas consideravam ser um pecado escravizar os índios, tanto que houve, diante dessa postura, a proibição do trabalho indígena no Maranhão. Revoltados com essa situação, o povo maranhense gerou a conhecida Revolta de Beckman. Já com os negros, não houve a mínima consideração, foram considerados subumanos.
Eles [Os negros] são sempre associados à [a] coisas ruins. Quando alguém está em maus momentos, não diz: "a situação está branca", mas "a situação está preta".
Quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, não foram oferecidas [oferecidas aos ex-escravos] condições básicas de sobrevivência. Os imigrantes os substituíram em seus trabalhos, sóque agora [que] de forma assalariada. Ficaram então à margem da sociedade, sem trabalho e moradia. Esse passado mostra seus reflexos até os dias de hoje: a maior parte da população pobre do Brasil é afro descendente.
Políticas que tentam garantir uma maior igualdade entre as raças existem e são discutidas como, por exemplo, a de quotas para negros e pardos no ingresso da universidade. No entanto, o ideal seria que houvesse mais investimentos na educação desde a infância e uma quantidade mínima de trabalhadores afro descendentes nas empresas. Pois, dessa forma, esse "apartheid" disfarçado deixaria de existir.