IGREJA X ESTADO
A convivência entre o Estado e a Igreja nunca foi muito branda, porém essa disputa piorou depois quando no século XVIII o ministro marques de Pombal tentou secularizar o Estado Português, ou seja, tirar o poder da igreja sobre o estado. Desde o início da colonização do Brasil e também nas outras áreas do Império português, a igreja e o estado caminharam juntos, embora o padroado dava direito do rei interferir nos assuntos eclesiásticos, a relação de ambos nem sempre era amigável.
Segundo Arlindo Rubert os poderes do Padronado eram tão grandes que fizeram o Padronado, Rei, exatamente o que as autoridades seculares iam contra. Desde a expulsão dos Mouros do território português já existiam discussões a sobre isso, mas no seculo XIII, durante o reinado de d. Afonso II, os conflitos entre a Igreja e o estado ficaram mais constantes. Gabriel Pereira de Castro colocou em sua obra cartas trocadas com o Padre Francisco Soares, na mesma, Castro e Soares debateram de onde vinha o direito do rei em intervir nos assuntos da Igreja, e o Padre Soares explica que, como antes de Deus enviar Cristo para terra já existia Reis que tinham poder sobre o Estado e acreditava-se que esse poder era dado por Deus.
Luís Reis Torgal afirma que os conflitos envolvendo a Igreja e o Estado ocuparam lugar primordial em todos os países da Europa, especialmente entre os séculos XVI e XVII, não era uma questão apenas religiosa, mas sobretudo politica, pois estava ligado a afirmação da nacionalidade e ao poder dos monarcas. Essa questão se processou de maneira distinta em cada país, na França, por exemplo, se dominou o galicanismo, que é a Igreja submetida ao Estado e o poder do rei assegurando o bem-estar dos súditos, já na Espanha e em Portugal os conflitos aconteciam em função da afirmação do poder político.
Após o concilio de Trento a reforma da igreja teve impacto mais profundo, o poder da igreja aumentou, com esse aumento os prelados procuraram obter imediatamente a