Igreja numa sociedade de classes
INTRODUÇÃO: O texto destina-se a fazer uma reflexão pormenorizada da igreja Católica, buscando mostrar o distanciamento dos princípios estabelecidos por Jesus através da sua mensagem e de seus continuadores (discípulos) na Igreja primitiva. Para isso, o autor disserta inicialmente as características (notas) básicas da Igreja, baseando-se no credo do I Concílio de 318 (ainda hoje rezado), em que enfatiza os seguintes dizeres: “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”. A partir da dissertação dessas notas, e da análise dos aspectos organizacional da igreja enquanto campo religioso-eclesiástico e eclesial-sacramental, mostra que numa sociedade de classes, historicamente a igreja vem se identificando com as classes dominantes. Considerando esse distanciamento, uma perversão dos princípios cristãos, demonstra com argumentações consistentes, a necessidade de reformas, ao identificar as principais características da Igreja que se realiza na base da sociedade.
DESENVOLVIMENTO: Ao iniciar a reflexão com a inquirição: Em que grupo se realiza a verdadeira Igreja de Cristo? De pronto alude aos questionamentos através do tempo de lideranças que se preocuparam em “trazer” a Igreja para o seu verdadeiro caminho. Para isso alude Jonh Huss e Martin Lutero, teólogos que distinguiram essa realidade e buscaram mudanças. Contudo, a “inflexibilidade” a partir especialmente das polêmicas contra os “hereges” valdenses no século XIII e, com a força dos eclesiólogos do século XIX, acrescentou-se uma quinta característica. A Igreja além de uma, santa, católica, apostólica é também romana. Por fim, tudo passou a se concentrar na nota mais discernível: a romanidade. A Igreja como corpo santo e divino, que atua como instrumento (agência) de salvação, torna-se ofuscada cada vez mais pela “romanidade” da Igreja instituição (templos faraônicos, seminários, colégios, faculdades além de todo o