Igreja nossa senhora do carmo
Morte e Vida de Grandes Cidades | Jane Jacobs| Parte 3 | Capítulo 13 Tendência que a diversidade urbana de êxito nítido manifesta de destruir a si mesma. É uma força que gera distritos ultrapassados e é responsável por boa parte da estagnação e da decadência das áreas centrais. Uma combinação diversificada de usos e determinado local na cidade torna-se nitidamente atraente e próspera como um todo. Por causa do sucesso do lugar, desenvolve-se nessa localidade uma concorrência acirrada por espaço. Sejam quais forem, o uso ou os usos que se destacaram como mais lucrativos na localidade se reproduzirão cada vez mais, expulsando e suplantando os tipos de uso menos lucrativos. A tendência da concorrência fundada na lucratividade do varejo é influir mais sobre as ruas. A tendência da concorrência fundada na atratividade de local de trabalho ou de moradia é influir mais sobre quarteirões, ou mesmo distritos inteiros. Assim, um ou alguns usos dominantes por fim vencem. A partir daí, a localidade será abandonada pelas pessoas que a utilizam com fins outros que não os que venceram a concorrência – pois os outros fins não existem mais. A adequação do local, mesmo para seu uso predominante, se reduzirá gradativamente. A reprodução do uso mais lucrativo abala a base da própria atratividade, como costuma ocorrer nas cidades com a reprodução e o excesso de um mesmo uso. Pode-se observar a autodestruição da diversidade em pequenos nichos de atividades visivelmente bem-sucedidos, assim como em trechos de ruas. O processo é o mesmo. Onde há uso misto percebemos locais que estão hoje espontaneamente mudando, crescendo e atuando como cidade viva. Os exemplos da autodestruição que resulta de um sucesso notável são mais comuns nos centros urbanos. O conservadorismo, no que se refere à escolha de locais na cidade, leva a investir onde o sucesso é garantido. Quando a reprodução excessiva de usos de trabalho provoca a estagnação de uma localidade (à custa de