Contextos economicos (governo itamar franco até dilma)
Com o “impeachment” do presidente Collor no final de setembro, em 02 de outubro de 1992 Itamar Franco (vice-presidente) assume a presidência da república. De visão nacionalista e desenvolvimentista, Itamar irá procurar incentivar o desenvolvimento e o crescimento da economia em seu curto mandato.
Contrário às recomendações do Consenso de Washington e avesso à privatização da Usiminas, Itamar irá buscar controlar a inflação com crescimento e não com recessão, como o seu antecessor.
A partir de outubro daquele ano, Itamar lança sua política de crescimento abaixando a taxa real de juros de 36% a.a. para uma média de 7% a.a. nos cinco primeiros meses de 1993. Fora a queda na taxa de juros, Itamar adotou uma política salarial mais amena, com ganhos reais nos salários dos trabalhadores (segundo o Ministério do Trabalho, o ganho real médio do trabalhador foi cerca de 8,45% no primeiro semestre de 1993).
Como resultado da política expansiva de Itamar e a capacidade ociosa gerada pela recessão dos planos Collor I e II, a economia cresceu em 1993 e o desemprego caiu ligeiramente (14,9% em 1992 e 14,7% em 1993 – Corecon-SP). Em 1993 o PIB cresceu 4,9% contra uma queda de 0,5% em 1992.
Embora a economia esboçasse um crescimento e uma recuperação em 1993, muitos criticavam as medidas de Itamar como sendo causadoras de inflação. De fato a inflação cresceu um pouco em 1993. José Serra do PSDB foi um dos críticos da tentativa de Itamar de incentivar o crescimento da economia naquele período de intensa inflação. Segundo Serra e outros, o déficit público deveria ser contido em ordem de controlar a inflação. Contudo, segundo o próprio Delfim Netto, desde 1986 as contas públicas já estavam equilibradas sendo que, em 1993, houve um superávit primário de 2,9% do PIB.
A Agenda Brasil
Durante o curto governo Itamar Franco, debates foram feitos acerca da nova política salarial. A Câmara dos Deputados vetara um projeto do Senado que