Professora
Pouco se sabe com certeza sobre sua biografia, que permanece até hoje envolta em cerrado véu de lenda e controvérsia, tornando muito árduo o trabalho de pesquisa sobre ele e ao mesmo tempo transformando-o em uma espécie de herói nacional. A principal fonte documental sobre o Aleijadinho é uma nota biográfica escrita somente cerca de quarenta anos depois de sua morte. Sua trajetória é reconstituída principalmente através das obras que deixou, embora mesmo neste âmbito sua contribuição seja controversa, já que a atribuição da autoria da maior parte das mais de quatrocentas criações que hoje existem associadas ao seu nome foi feita sem qualquer comprovação documental, baseando-se apenas em critérios de semelhança estilística com peças documentadas.
2 HISTÓRIA DE SUA VIDA
Nos princípios de setecentos, Lisboa começa a ver chegar os carregamentos de ouro do Brasil. É uma riqueza que se sente.
Certa sociedade sabe ostentar os seus bens. Os mais pobres, artesãos e camponeses, não ficam alheios aos sonhos que uma melhor vida pode tornar reais. Os marinheiros que arribam contam histórias das terras distantes donde vem o ouro.
As construções são um reflexo de um pais rico. Em Mafra inicia-se a construção de um grande convento, que servirá de escola a muitos artistas. Alguns partirão depois para outras terras levando conhecimentos e práticas que ali adquiriram.
De Odivelas parte Manuel Francisco Lisboa. Também ele pensa numa vida melhor. No Brasil já o espera o seu irmão António Francisco Pombal. Certamente ali será mais fácil passar de artista a mestre, trabalho é o que não falta numa região que tanto se desenvolve.
Em Ouro Preto, Minas Gerais, a exploração mineira que se iniciara em 1698 é agora uma realidade. Durante muitos anos, não há de parar e em 1728 vão aparecer também os diamantes. Nem tudo o que se extrai é enviado para Portugal, que tolos não são eles...
Há que mudar de nome, Ouro Preto já não é. Em 1711 passará a chamar-se Vila Rica. Boa