Igreja anglicana
1- O inicio
Inglaterra, 1533. O rei Henrique 8o era casado havia 24 anos com Catarina de Aragão. Com ela, teve 6 filhos, mas só um deles, uma menina, sobreviveu. Preocupado com o futuro do trono, Henrique deixou-se encantar por Ana Bolena – uma dama educada, culta, jovem e louca para subir na vida. O rei pediu o divórcio. O papa Clemente 7o negou. E ainda se recusou a abençoar a sua segunda união. Henrique 8o não pensou duas vezes: cortou relações com Roma e se declarou o chefe de uma nova Igreja – a Igreja Anglicana.
Essa é a parte da história que você conhece. Uma versão muito simplista, diriam os anglicanos. Segundo eles, o desejo de separação já estava presente bem antes desse episódio. Desde o século 2, para ser mais exato. Naquele tempo, ainda não havia a religião católica. Existia apenas o cristianismo. Onde os apóstolos paravam, construíam uma igreja, que ganhava o nome do povo local. Na Grã-Bretanha, virou Igreja Celta: uma adaptação do cristianismo aos costumes, crenças e tradições da região.
No século 6, já a mando da Igreja Católica, santo Agostinho se estabeleceu na cidade inglesa de Cantuária, com o objetivo de converter os anglo-saxões. Virou o arcebispo de Cantuária e colocou a Inglaterra sob a tutela do Vaticano.
Foi assim por quase 1 000 anos, até que o rei, particularmente afetado pelas regras do catolicismo, decidiu proclamar a independência.
2 – Estrutura do Anglicanismo O Anglicanismo muito se assemelha com o catolicismo, este acredita na santíssima trindade, nas sagradas escrituras e tem uma hierarquia muito semelhante à da igreja com bispos, arcebispos e padres(pastores), o que os diferencia é a não aceitação da primazia do papa. Este cargo por sua vez se assemelha e muito com a figura do Arcebispo da Cantuária, cargo que é herdado de Santo Agostinho pelo novo regente da mais importante Sé do anglicanismo. Devemos frisar que o líder supremo da religião o grande monarca da nação inglesa, ou seja, o Rei ou Rainha