Idependencia da America
O monopólio comercial era exercido pela metrópole, que lucrava duplamente ao comprar matérias-primas a baixos preços para comercializá-las na Europa e vender às colônias produtos ingleses manufaturados. A política colonial mercantilista chocava-se com os interesses econômicos da elite colonial e dos capitalistas ingleses, impedidos de vender suas mercadorias diretamente aos países da América. Isso explica o empenho da Inglaterra na independência das colônias ibéricas: o rompimento do pacto colonial permitiria estabelecer o livre comércio e garantir o desenvolvimento do Capitalismo industrial.
Primeiras Tentativas de Independência O processo de independência hispano-americano teve início em 1780, quando Tupac Amaru comandou uma insurreição de 60 mil indígenas contra o domínio espanhol. A rebelião só foi totalmente esmagada pelos espanhóis em 1783. Em 1804, escravos revoltaram-se contra a elite branca e proclamaram a independência do Haiti, o segundo país da América a conseguir livrar-se do domínio europeu – o primeiro foram os EUA. Um ex-escravo negro, Toussaint L’Ouverture, foi o principal líder dos haitianos na luta pela liberdade.
Em 1811, explodiu na Venezuela um movimento emancipatório inspirado na independência norte-americana.
Embora acabassem com o pacto colonial e obtivessem sua liberdade política, os novos Estados latinos assumiam uma nova forma de dependência econômica, agora com os interesses do desenvolvimento capitalista, sobretudo o inglês, fornecendo matérias-primas à Inglaterra e consumindo seus produtos manufaturados.