Ideologia
Muitos são os significados e aplicações para a palavra Ideologia, a primeira vez que esse termo foi empregado foi no ano de 1801 no livro de Destutt de Tracy, Eléments d’idéologie (Elementos de Ideologia), onde a Ideologia foi descrita como o estudo sistemático das ideias, e identificada como uma necessidade decorrente das rápidas mudanças políticas do período que seguiu a Revolução Francesa de 1789. Mas, nas primeiras décadas do século XIX, a essência da palavra ideologia mudou para a conotação atual, de uma arma de controle do comportamento humano e da manutenção da ordem social.
Norberto Bobbio, filósofo e historiador do pensamento politico, propôs duas tendências gerais para o significado da ideologia que seriam elas, o “significado fraco” e o “significado forte”.
No significado fraco, “a Ideologia indica o genus, ou a species diversamente definida dos sistemas de crenças políticas, ou seja, um conjunto de ideias e de valores respeitantes à ordem pública, que tem como função orientar os comportamentos políticos coletivos”. Dentro desse significado, a ideologia é um conceito neutro, que prescinde do caráter eventual e mistificante das crenças políticas. O significado forte desse termo tem origem no conceito de Ideologia de Marx, compreendido como falsa consciência das relações de domínio entre as classes, e se diferencia do primeiro por manter, no próprio centro, a noção de falsidade: a Ideologia é uma crença falsa, ou seja, é um conceito negativo que denota precisamente o caráter mistificante de falsa consciência de uma crença política. Ideologia é um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos, e pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais.
Terry Eagleton, filósofo britânico, afirma que:
(...) o termo “ideologia” tem toda uma série de significados convenientes, nem todos eles compatíveis entre si. Tentar comprimir essa riqueza de significado em uma única definição abrangente seria,