Ideologia, consciência social e representação social

Ideologia
O conceito de ideologia pode ser muito amplo no pensar sociológico. Divide-se em conceito vulgar e conceito crítico.
O conceito vulgar ou senso comum, mais conhecido pelas massas e leigos, define ideologia como um conjunto de ideias, doutrinas, pensamentos ou forma de ver o mundo. Já o conceito crítico, muito usado e difundido pelo sociólogo Karl Marx, define ideologia como ideias fabricadas que mascaram a real identidade de algum pensamento.
Representação Social
Representação social ou coletiva, para Émile Durkheim, se caracteriza por um fato moral em comum em determinado grupo de pessoas, o qual deve possuir um grande poder de coesão (conexão; união; harmonia) e coerção (induzir; forçar; intimidar a algo). Defendeu a ideia de que a tal representação não é uma falsa consciência a fim de mascarar a realidade, e sim uma articuladora do comportamento e do ideal social, de modo a traçar a vida cotidiana de determinado grupo de pessoas.

Como o próprio Durkheim disse, “porque uma sociedade não é constituída simplesmente pela massa dos indivíduos que a compõem, pelo solo que a ocupa [...] mas, antes de tudo, pela idéia que ela faz de si mesma” (Durkheim, 1989, p. 500). Em seus trabalhos de pesquisa, Durkheim passou a observar os fundamentos de religiões primitivas formadas por aborígenes australianos e concluiu que as mesmas são um exemplo de representação social, pois possuem o elemento coesão para unir os indivíduos e ao mesmo tempo fazem uso da coerção, a qual impõe seus ideais coletivos acima do pensar individual como uma forma de dependência do sobrenatural, por exemplo.
Consciência Social
Segundo Durkheim, consciência coletiva é um estado de opinião padronizado por uma sociedade ou grupo de pessoas a qual se impõe sobre qualquer outro pensamento individual. Exemplificou também que o surgimento da mesma só se dá com a união de diversas pequenas contribuições pessoais, as quais acumuladas farão surgir algo maior e socialmente aceitável por todos