Nacionalismo no Brasil
DISCIPLINA: História das Ideias no século XX
Nacionalismo no Brasil
1. Proclamação da República
A ideia de um sistema onde a figura Monárquica fosse derrubada e o povo tivesse uma grande representação na formação da sociedade, entusiasmaram intelectuais e os jornais da época. Esses intelectuais foram grandes propagandistas da República, acreditando que se tratasse de uma etapa de progresso necessário para compensar os atrasos do país, advindos da Monarquia.
Silva Jardim, em seu livro A República no Brasil, de1888, pretendia mostrar o regime monárquico como atrasado em relação ao Regime Republicano. Para ele, a República seria o governo da opinião pública, da ausência de privilégios, da liberdade nas relações morais e civis, e da igualdade perante a lei.
A República, em primeiro momento, dividiu-se em duas concepções: o das oligarquias cafeeiras e dos “jacobinos”. O primeiro era federalista, voltado para o exterior, socialmente excludente e elitista. Já o segundo se caracteriza como militarista, radical, nacionalista e antioligárquico. Defendendo a segunda corrente, surge o jornal O Jacobino, identificando-se como “órgão de defesa do proletariado nacional”. Veiculava também o slogan “O Brasil para os brasileiros”. Fazia uma forte crítica à presença portuguesa e a sua marca no país:
O português tem espontânea aversão ao bom gosto. Só receberam e aclimataram o estilo decadente de um barroco estropiado. (...) O que temos de bom nesta capital não se deve a portugueses, que só traçaram ruas estreitas, casarões horrorosos, e perturbaram a salubridade do nosso clima com a mais absoluta falta de higiene. (Carvalho, M. A, 1983, p. 12).
Diante de uma realidade diferente da anunciada pela República, o sentimento comum era o de deslocamento da situação. Euclides da Cunha expressa que estava “A ver navios! Nem outra coisa faço nessa adorável República, loureira de espírito curto que me deixa sistematicamente de