Identidade do Lugar
É preciso ter cautela para se definir a identidade de um lugar devido às inúmeras variáveis que o conceito de “identidade” carrega. BARBEITO (2009) define como espaço público alguns lugares-tipo de uma cidade à nossa época: livrarias, que permitem a correlação de idéias e propiciam diferentes visões do mundo; o “Mercado”, que promove as relações interpessoais na cidade; o “Centro Cultural” que reúne aspectos relacionados com o urbano e o rural; os meios de comunicação, que propiciam (até certo ponto) a liberdade de expressão. Além disso, pode-se citar os jardins, praças, as árvores, as esquinas, etc. COSTA, Firmino (1999), resume que “(...) o que na linguagem urbanística configura a forma do tecido urbano (...), no quadro sociológico, se reporta à formação social urbana, no sentido de comtemplar o correspondente sistema de relações sociais e culturais, bem como os respectivos quadros identitários da vida urbana.” Partindo para a visão sociológica, a cidade e seus espaços vivem em incessante interação com seus habitantes. Os lugares da cidade tida como produtora de pensamento só serão promovidos numa sociedade democraticamente estável, que propocie e disponibilize meios e ferramentas para que a cidade desenvolva uma mentalidade, uma cultura, uma visão de si própria.
A concepção de espaço urbano tem sofrido diversas reflexões e modificações devido a “reorganização operativa” (termo utilizado por Barbeito) do que desenvolveria o espaço de reflexão acerca das cidades, da tradicional questão urbana e, inexoravelmente, em relação às mudanças econômicas, sociais e culturais sofridas pela sociedade ao longo do tempo.
Se faz justa a comparação de uma cidade a um ser humano: a cidade, assim como o homem, não acontece sozinha. Ambos sofrem mutações de suas características mais marcantes. A cidade sofre modificações que tangem sua morfologia e seu caráter urbano e sociológico. Altera-se através do resultado evolutivo de um conjunto de