Identidade - Antonio da Costa Ciampa
Quem é você? É uma pergunta que freqüentemente nos fazem e que ás vezes fazemos a nós mesmos. Quem sou eu? Quando esta pergunta surge podemos dizer que estamos pesquisando nossa identidade. Como em qualquer pesquisa, estamos em busca da resposta, de conhecimento. Se for uns conhecimentos que buscamos a respeito de nós mesmos podem supor que estamos em condições de fornecê-lo. Psicólogos, sociólogos, antropólogos, os mais diversos cientistas sociais tem estudado a questão da identidade; Filósofos também. Não só pela dificuldade, mas também pela importância que esta questão apresenta, outros especialistas têm se envolvido com ela e não sós cientistas e filósofos: nos tribunais, juízes, promotores, advogados, peritos etc., enfim, em praticamente todas as situações da vida cotidiana, a que tão da identidade aparece, de uma forma ou de outra estamos falando de nossa identidade quando respondemos á pergunta "quem sou eu" , a primeira observação a ser feita é que nossa identidade se mostra como a descrição de uma personagem (como em uma novela de TV), cuja vida, cuja biografia aparece numa narrativa (uma história com enredo, personagens, cenários, etc.). Ou seja, como personagem que surge num discurso (nossa resposta, nossa história).
Até agora falamos das pessoas como se elas fossem de uma determinada forma e não se modificassem o que é falso. Basta observamos nossos próximos, basta nos observamos. No mínimo, as pessoas ficam mais velhas: a criança se torna adultos; o adulto que se torna ancião. Nós nos tornamos algo que não éramos ou nos tornamos algo que já éramos e estava como que "embutido" dentro de nós? Parece que quando se trata de algo positivamente valorizado, a tendência nossa é afirmar que estava "embutido" em nós ("sempre tive vocação para ser médico"); quando não desejável freqüentemente estava "embutido"... nos outros ("sempre achei que ele tinha propensão para o crime", “... que ele tinha um jeito de