Idade média
Em meio à desorganização administrativa, econômica e social produzida pelas invasões germânicas e ao esfacelamento do Império Romano, praticamente apenas a Igreja Católica, com sede em Roma, conseguiu manter-se como instituição. Consolidando sua estrutura religiosa, a Igreja foi difundindo o cristianismo entre os povos bárbaros, enquanto preservava muitos elementos da cultura greco-romana.
Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a Igreja passou a exercer importante papel em diversos setores da vida medieval, servindo como instrumento de unificação, diante da fragmentação política da sociedade feudal.
Mundo e Mosteiros
Os sacerdotes da Igreja dividiam-se em duas grandes categorias: clero secular (aqueles que viviam no mundo fora dos mosteiros), hierarquizado em padres, bispos, arcebispos etc., e clero regular (aqueles que viviam nos mosteiros), que obedecia às regras de sua ordem religiosa: beneditinos, franciscanos, dominicanos, carmelitas e agostinianos.
No ponto mais alto da hierarquia eclesiástica estava o papa, bispo de Roma, considerado sucessor do apóstolo Pedro. Nem sempre a autoridade do papa era aceitar por todos os membros da Igreja, mas em fins do século VI ela acabou se firmando, devido, em grande parte, à atuação do papa Gregório Magno.
O Poder Temporal da Igreja
Além da autoridade religiosa, o papa contava também com o poder temporal da Igreja, isto, é, o poder advindo da riqueza que acumulara com as grandes doações de terras feitas pelos fiéis em troca da possível recompensa do céu.
Calcula-se que a Igreja Católica tenha chegado a controlar um terço das terras cultiváveis da Europa Ocidental. Era, portanto, uma grande "senhora feudal" numa época em que a terra constituía a base de riqueza da sociedade.
O papa, desde 756, era o administrador político do Patrimônio de São Pedro, o Estado da Igreja, constituído por um território italiano doado pelo rei Pepino, dos francos.
O poder temporal