Iaia Garcia
Luís Garcia – 41 anos, homem reservado, pai atencioso – vivia para a filha. “Contava onze anos e chamava-se Lina. O nome doméstico era Iaiá. (...) A boca desabrochava facilmente um riso, um riso que ainda não toldavam as dissimulações da vida, nem ensurdeciam as ironias de outra idade”. O viúvo morava em uma casa afastada e se enchia de alegria quando a menina chegava do colégio. Com os dois vivia também o negro Raimundo, dedicado ao patrão e à criança.
Na vizinhança, com a Sra. Valéria, moravam seu filho Jorge e a jovem Estela, uma moça cujo pai era amigo do falecido marido da dona da casa. Sabendo dos sentimentos de seu filho por Estela, Valéria desejava separá-los, visto que a pretendente era de classe social inferior. Para tanto, procurou Luís Garcia e pediu-lhe que convencesse Jorge a ir para a Guerra do Paraguai, cumprir os deveres de cidadão e trazer méritos para o país e a família.
Embora gostasse do rapaz, Estela também não desejava ficar ele. “Simples agregada ou protegida, não se julgava no direito a sonhar posição superior e independente; e dado que fosse possível obtê-la, é lícito afirmar que recusara, porque, a seus olhos seria um favor, e sua taça de gratidão estava cheia. (...) Pois o orgulho de Estela não lhe fez somente calar o coração, infundiu-lhe a confiança moral necessária para viver tranquila no centro mesmo do perigo”.
Depois que Jorge tentou beijá-la, Estela decidiu ir embora e voltar a morar com seu pai. Desiludido, Jorge seguiu para o Paraguai, de onde escrevia para