Huygens, Fermat e a velocidade da luz.
Christiaan Huygens destacou-se por seus estudos sobre a luz. Foi uns dos primeiros estudiosos a postular a ideia ondulatória da luz baseada na concepção de que a luz seria um pulso não periódico propagado pelo éter.
Segundo Descartes, o espaço era ocupado por um meio que, embora imperceptível aos sentidos humanos, tinha a propriedade de transmitir força e de exercer efeitos em corpos materiais nele mergulhados, dando pela primeira vez um significado para o éter.
Em uma das suas obras mais importantes, o Tratado de Huygens, ele inicia seu feito enunciando que “as demonstrações relativas à Óptica são fundamentadas sobre verdades tiradas da experiência”, e que podem descrever a propagação retilínea da luz, a relação entre os ângulos de incidência e reflexão dos raios refratados, tais como a lei dos senos.
Huygens critica seus antecessores, porém não duvida da veracidade de algumas informações citadas por eles. Segundo ele, a autencidade dos fatos devem ser comprovadas a partir do método científico, e não com suposições como era feito anteriormente. Considerando a variabilidade das propriedades aplicadas à luz, ele critica o modelo corpuscular, argumentando a favor de um modelo ondulatório.
“Não se pode duvidar que a luz consista no movimento de cada matéria”. A partir dessa frase, podemos descrever o início da argumentação de Huygens a favor do modelo ondulatório. Para ele, a visão era um fato claro de que isso acontecia, visto que a sensação de visão é excitada por um movimento de matéria, que age sobre os nervos que estão no fundo dos nossos olhos. Um fato que, leva a crer que a luz seja um movimento de matéria que se encontra entre nós e um corpo luminoso.
Além disso, Huygens apontou como evidência experimental a extrema velocidade da luz e ainda exemplifica o fato de que, se a luz fosse um transporte de matéria, como uma flecha, ou uma pedra lançada, ao se cruzarem os raios luminosos deveriam se espalhar, assim como dois corpos rígidos se