humildade
Humildade
John Dickson
Um pensamento assustador invadiu minha mente há algumas semanas, antes deste Summit. Eu seria a pessoa que falaria sobre humildade. Dá para imaginar a pressão? Ainda mais quando há amigos na plateia que conhecem o contexto do que será dito?
Quero dizer, existe um dilema para todos que abordam o tema "humildade" em público. "Esse cara realmente pensa que é especialista em humildade? Se pensa, então ele provavelmente não é! E se ele não é, por que então está falando sobre humildade?" Eu não tenho a mínima ideia de como resolver tal paradoxo O que sei é que entrei no tema da humildade por acidente. Há dez anos meu orientador na faculdade convidou-me para participar de um projeto custeado pelo governo na seção de história antiga da Macquarie, que é secular, para explorar as origens da virtude da humildade.
Meus amigos acharam isso irônico. Quando liguei a meu melhor amigo e contei sobre esse projeto, e sobre a pesquisa da origem da humildade, ele gargalhou e me disse: "Bem, pelo menos você já tem uma noção sobre o assunto". E, claro, o segredo para isso é ter amigos assim. Desde então desenvolvi fascinação pelo tema, mas poderia descrevê-la como relação de amor e ódio, não uma habilidade.
Comecemos com a definição de humildade. Humildade não é humilhação mesmo que ambas venham da mesma raiz "humilitas". Humildade não é baixa autoestima ou esconder seus talentos e conquistas. Não, ela pode ser definida como a nobre escolha de renunciar sua posição e usar sua influência para o bem alheio e não o seu próprio ou, em resumo, humildade é usar sua capacidade a serviço do próximo.
E eu tenho uma tese. Minha tese é que alguns dos maiores líderes da história, os mais influentes e mais inspirados têm sido pessoas conhecidas por sua humildade, hábil em usar seu talento pelo bem de outros.
Eu não estou dizendo que ela automaticamente o torna grande, ou que você não pode ser grande sem humildade.