Humildade
A humildade torna o cristão receptivo e é um princípio de generosidade, de disposição para o serviço. O orgulho bloqueia o homem nos limites estreitos de seu pequeno “eu”.
A humildade abre cada um à dimensão mesma de Deus. O humilde, não obstante as tentações, as dificuldades da peregrinação terrestre, avança pelo caminho da excelência de vida e da santidade. Torna-se, por isto mesmo, o artesão da paz consigo, com os outros e com Deus. É que o humilde coloca em prática a diretriz do Eclesiástico: “Humilha-te entre as grandeza do mundo e acharás misericórdia junto a Deus” (Eclo 3,18). O humilde na alheta do Apóstolo Pedro se reconhece repleto de falhas:“Sou um homem pecador” (Lc 5,8). O humilde reconhece que somente Deus é santo e perfeito e onde está o ser humano há erros e desvios a serem corrigidos. Modelo excelso de humildade foi Maria a qual, não obstante cumulada de graças extraordinárias, exclamou:“O Senhor olhou para a humildade de sua serva”. Aliás todo o seu cântico é um poema de exaltação à grande virtude (Lc 1,46-55). O humilde “descansa no Senhor e nele espera” (Sl 36,7).
Jesus deu o exemplo e aconselhou: "Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas" (Mt 11,29). São Paulo decodificou a humildade do Mestre divino e pode asseverar:“ Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus. Ora ele subsistindo na natureza de Deus, não julgou o ser igual a Deus um bem a que não devesse nunca renunciar; mas despojou-se a si mesmo, tomando a natureza de servo, tornando-se semelhante aos