Humanismo
Ao final da Idade Média a Europa passa por profundas transformações. A imprensa é aperfeiçoada permitindo maior divulgação dos livros; a expansão marítima é impulsionada graças ao desenvolvimento da construção naval e à invenção da bússola; aparecimento da atividade comercial. Surge o mercantilismo, e com ele, a economia baseada exclusivamente na agricultura perde em importância para outras atividades. As cidades portuárias crescem, atraindo camponeses. Criam-se novas profissões e pequenas indústrias artesanais começam a se desenvolver.
Uma nova classe social emerge nas pequenas cidades (burgos), composta por mercadores, comerciantes e artesãos, as quais passam a desafiar o poder dos nobres. Essa classe recebe o nome de Burguesia.
O espírito medieval, baseado na hierarquia nobreza – clero – povo, começa a se desestruturar e o homem preso ao feudo e a o senhor adquire nova consciência. Diante do progresso, percebe-se como força criadora capaz de influir nos destinos da humanidade, descobrindo, conquistando e transformando o Universo.
O homem descobre o homem. A idéia de que o destino estava traçado por forças superiores, a qual caracteriza a homem como ser passivo, vai sendo substituída pela crença de ele é o mentor de seu próprio destino. O misticismo medieval começa a desaparecer, e o Teocentrismo cede lugar ao Antropocentrismo.
Portugal tem como marco cronológico de toda essa transição a Revolução de Avis (1383 – 85), quando D. João, o Mestre de Avis, aliado aos burgueses, proporcionou a expansão ultramarina. A tomada de Ceuta em 1415, primeira conquista ultramarina, Portugal inicia a longa caminhada de um século até conhecer seu