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Entre altos e baixos, México tenta equilibrar economiaSuperado o tombo de 1994, país explora sua posição estratégicaEm 1994, o mundo levou um susto provocado pelo México. As contas do país não fechavam. Do dia para a noite, o governo desvalorizou o peso, e os investidores que apostaram no país levaram um prejuízo enorme e, em seguida, sacaram todos os seus investimentos. Apesar de crises anteriores, esta foi a mais marcante: o México esteve à beira da quebra por vários meses. A situação provocou, entre políticos e banqueiros do mundo inteiro, a impressão de que todos os países latino-americanos que estavam ajustando sua economia iam quebrar também, num efeito dominó.Na época, o México precisou de socorro mundial: pegou emprestados 12 bilhões de dólares dos Estados Unidos, 18 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI) e mais alguns milhões de outras fontes. Apesar da previsível dificuldade de recuperação, o então presidente Ernesto Zedillo conseguiu, surpreendentemente, arcar com as consequências da desvalorização do peso. Em 1997, saldou a dívida com os Estados Unidos, três anos antes do vencimento, além de pagar uma parcela do que devia ao FMI, deixando o país com as contas em dia para o próximo presidente, Vicente Fox.Até 2000, o México cresceu e tornou-se o oitavo maior exportador do mundo (considerando-se a União Européia como um bloco). Ocupava o lugar de segundo maior parceiro comercial dos Estados Unidos, atrás apenas do Canadá. As reservas cambiais do país, que haviam caído para 1 bilhão de dólares, passaram a somar 32 bilhões. Segundo o Banco Mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) mexicano em 2001 atingia 550 bilhões de dólares, mais do que o dobro do registrado em 1990. O país subdesenvolvido se tornava mais resistente às crises externas, e sua posição estratégica e privilegiada - vizinho dos EUA - parecia lhe render bons frutos.Nafta - A boa