HPV MEDIA O
Em 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) lançou uma campanha nacional para imunizar meninas de 11 a 13 anos contra o HPV. A vacina aplicada no Brasil é a quadrivalente, recomendada pela Organização Mundial da Saúde, com eficácia de 98%, protegendo o indivíduo dos tipos 6, 11, 16 e 18 da doença.
Ela foi desenvolvida sem nenhuma parte do HPV, sintetizada em laboratório de maneira que seja semelhante à cápsula do vírus, mas sem o núcleo do agente, parte que permite a replicação. Dessa forma, após receber a vacina, o organismo será estimulado a produzir anticorpos específicos para cada tipo de HPV, que farão o papel de inativá-lo, impedindo a sua instalação e multiplicação.
O Ministério da Saúde recomenda que a adolescente seja submetida a três doses da vacina, sendo a segunda seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.
Apesar de haver mais de uma centena de tipos de HPV, a maioria das infecções é causada por quatro variantes. As 16 e 18 (consideradas de alto risco) são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Já os tipos 6 e 11, respondem por 90% das verrugas genitais (de baixo risco).
Diversos estudos, que monitoraram milhares de pessoas vacinadas na Austrália, Europa e América do Norte, excluíram a ocorrência de eventos adversos graves ou permanentes. Existem relatos de casos de dor e de desmaio, o que não é preocupante e não inviabiliza a vacinação, já que os benefícios superam essas reações. Além disso, os estudos apontaram também que tanto as pessoas que receberam as vacinas como as que receberam os placebos utilizados nos grupos de controles apresentavam os mesmos sintomas.
É preciso entender que a vacinação é uma ação preventiva. Ela vai proteger dos tipos de HPV (6, 11, 16 e 18) com os quais a pessoa ainda não entrou em contato. Geralmente, as verrugas são ocasionadas pelos tipos menos oncogênicos. Dessa forma, mesmo que a pessoa já teve verrugas vaginais poderá se beneficiar da vacina para