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SAVIANI, Dermerval. Educação e colonização: as idéias pedagógicas nos séculos XVI, XVII, XVIII (mimeo) 1-12 p.
O objetivo do texto aqui resumido é caracterizar o processo de inclusão do Brasil, via educação escolar, na cultura Ocidental, no período que compreende do século XVI ao XVIII. O autor divide a argumentação em dois momentos: no primeiro demonstra a proximidade semântica das ações que inicialmente foram empreendidas no Brasil colônia e, no segundo, tenta compreender a dinâmica dessas ações. A tese de Saviani é que esse processo civilizatório, descrito nesses dois aspectos, se assenta em 3 pilares: colonização, educação e catequese.
Assim, do ponto de vista da linguagem, o processo de colonização brasileiro abarca, de forma articulada, mas não homogênea ou harmônica, os três momentos anteriormente mencionados que podem ser resumidos à mesma raiz etmológica: colo (do latim eu moro, eu ocupo, por extensão, eu trabalho, eu cultivo, eu cuido, mando, quero bem, protejo) e do supino cultum (o que vai trabalhar ou cultivar, tanto a terra quanto o ser humano, similar a paidéia grega). Neste sentido, inicialmente o processo de colonização se refere a colonização propriamente dita, enquanto pose e exploração da terra (colo), num segundo aspecto se refere a educação enquanto aculturação, ou seja, a inculcação nos colonizados das práticas, técnicas, simbolos e valores próprios dos colonizadores (colo, cultum), e num terceiro momento abarca também a catequese, entendida como difusão e conversão dos colonizados – os silvícolas – à religião dos colonizadores (colo, cultum). Esses três processos marcam – material e espiritualmente – a posse e o mando português nas terras brasileiras.
Do ponto de vista da dinâmica desse processo o autor considera algumas questões históricas como fundamentais: 1. Que apesar das divergências, a nobreza e a burguesia portuguesa do século XVI comungavam do mesmo interesse expansionista, que não era possível de