Horácio Nunes Pires
Dados biográficos: Nasceu no Rio de Janeiro, na antiga rua Matacavalos, a 3 de março de 1855, filho de Anfilóquio Nunes Pires e Henriqueta Nunes Pires. Provém de uma família de “intelectuais”. Em 1859 foi residir, com a família na cidade de Lages,SC, e em escola primária dirigida por seu pai e seus irmãos Eduardo e Gustavo, aprendeu “a ler, escrever, gramática e aritmética”. Em 1866, aos 11 anos de idade, transferiu-se com a família para a capital, onde o pai veio lecionar, a convite do Liceu Provincial, extinto pouco tempo depois. Seu pai e seus irmãos, então, abriram um colégio, no qual ensinavam português, inglês, francês, latim, aritmética, álgebra, geometria, geografia, história e desenho. Horácio cursou as aulas do Liceu e desse colégio. Horácio conta em suas “Memórias”(70 páginas manuscritas), que aos 12 ou 13 anos escrevera o seu primeiro poema “Sinfonia” e, ao submetê-lo à crítica de seu erudito irmão Eduardo, este procurou dissuadi-lo severamente de suas pretensões literárias. Entretanto, Horácio perseverou e venceu. Em 1876 casou-se com Flora Paulina da Silva e teve 8 filhos. Homem empenhado no serviço público, abolicionista e republicano de ideias políticas, sempre foi um homem do jornal, onde registrava seu ponto de vista sobre problemas sociais e culturais da sociedade tradicional, grande parte de seus escritos se perdeu, por ter uma produção extensa e variada. Autêntico pioneiro da nossa formação literário-cultural, homem de cultura, dramaturgo, comediógrafo, poeta, romancista, jornalista, cronista, humorista e tradutor. Como jornalista, Horácio deixou estampados seus comentários/crônicas em muitos jornais. Como homem do teatro, durante muitos anos escreveu comentários sobre o movimento cênico na capital da província. Como poeta, deixou grande número de poemas dispersos em jornais, assinados como seu próprio nome ou com alguns dos pseudônimos: Fúlvio Coriolani ou Helvétios. Veio a falecer em 20 de maio de 1919, com 64