Horta urbana
O cultivo de hortaliças nas áreas urbanas e periurbanas, com ou sem o apoio governamental, tomou impulso a partir de 1980 na América Latina, África e Ásia como uma estratégia de sobrevivência das populações mais pobres atingidas pela crise econômica que se instalou nessas regiões (Maxwell, 1995; Bryld, 2003). No Brasil, hortas urbanas e periurbanas começaram a ter grande ênfase nessa época com apoio dos governos municipais e instituições locais (Farfán et al., 2008; Monteiro & Monteiro, 2008).
O crescimento das metrópoles, e, consequentemente, das populações urbanas é um dos maiores desafios do futuro. Sem planejamento, as cidades não conseguem atender as demandas referentes à saúde, infra-estrutura, moradia, trabalho e educação de seus moradores, gerando forte desigualdade social. Dados da FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, estimam que até 2030, 60% da população mundial estará vivendo nas cidades. Esse processo de urbanização está intimamente relacionado com o crescimento da pobreza e da insegurança alimentar. Nesse contexto, ações voltadas para a produção de alimentos nas cidades (ou no seu entorno) apresentam-se como uma das formas de enfrentamento de situações de vulnerabilidade em que se encontra grande parcela da população urbana, uma dessas ações foi à criação da Política Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana a partir de 2003, consolidando-se em 2004 com a criação do Programa de Agricultura Urbana e com a II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (II CNSAN) em Olinda/PE.
Hortas Urbanas e Periurbanas
A Agricultura Urbana é um conceito multidimensional que inclui a produção, a transformação e a prestação de serviços, de forma segura, para gerar produtos agrícolas (hortaliças, frutas, plantas medicinais, ornamentais, cultivados ou advindos do agroextrativismo, etc.) e pecuários (animais de pequeno, médio e grande porte) voltados para o auto-consumo, trocas e doações ou