Agricultura Urbana
Vivian Farias de Lima¹, Vladson Braulino Nunes¹
Introdução
A agricultura urbana tem se inserido nas cidades atualmente, atuando como ferramenta pontual para enfrentar alguns desafios do tão discutido desenvolvimento sustentável, sendo estimulada amplamente por uma rede de fatores cruciais na sociedade, como a pobreza, ocupação irregular de áreas, marginalidade e principalmente a insegurança alimentar. Hoje, as cidades que se distanciaram tanto do campo – visto como uma figura de atraso de desenvolvimento - estão, ainda que de forma tímida, resgatando ações bucólicas como uma forma de trazer o bem-estar e a qualidade de vida para as “selvas de pedra”. As ações de agricultura urbana surgem também como forma de política pública que vem com o objetivo de conduzir alternativas, principalmente para os que saíram do campo e não conseguiram ser absorvidos no mercado de trabalho das cidades. O objetivo deste trabalho foi o de levantar casos de aplicação da agricultura urbana e sua contribuição para o desenvolvimento das cidades.
Fundamentação teórica
De acordo com MOUGEOT (2000), define-se como agricultura urbana a prática realizada dentro dos centros urbanos (intra-urbana) ou na periferia dos centros urbanos (periurbana), independente se estes são megalópoles, cidades ou pequenas localidades, onde há cultivo, produção, criação, processamento e distribuição de uma variedade de produtos alimentícios e não alimentícios. Esses produtos são utilizados para o consumo próprio, trocas, doações ou comercialização e a prática da agricultura urbana ocupa espaços, como quintais, lotes vagos, áreas verdes, vazios urbanos, áreas institucionais, canteiros, vasos, terreno, etc (CEPAGRO, 2009, p. 17).
Segundo Arruda (2006), a agricultura urbana e periurbana pode ser realizada de muitas maneiras, podendo partir de iniciativa cultural ou de iniciativa induzida, esta estimulada por atores externos (poder