Hortas citadinas
A agricultura urbana é realizada em pequenas áreas dentro de uma cidade (vila ou bairro), ou ao seu redor (agricultura peri-urbana), e destina-se sobretudo, à produção de cultivos para utilização e consumo próprio ou para a venda em pequena escala, em mercados locais. As áreas preferencialmente utilizadas para cultivar nas cidades têm lugar, acima de tudo, em quintais, em terraços ou pátios, em espaços ajardinados comunitários e em espaços públicos não ocupados por edificações.
As «Hortas Urbanas» surgiram nos países do norte da Europa, durante a segunda metade do século XIX, como reação à diminuição dos espaços verdes. Na Alemanha existem hortas urbanas desde 1864 e na Dinamarca, o país europeu com a maior percentagem de hortas urbanas, esta tradição remonta ao século XVIII. Atualmente é uma prática corrente a nível internacional, como por exemplo em Los Angeles, Chicago, Londres, Nova Iorque e São Petersburgo.
A desertificação das aldeias é cada vez maior pois não existem pessoas que trabalhem as terras e os seus moradores estão a perder a capacidade para o fazerem. Assim, uma vez que as pessoas não têm de se deslocar da cidade para o campo, as hortas urbanas têm uma grande importância na manutenção da qualidade de vida das populações e no combate à crise e ao encarecimento da alimentação.
O cultivo das «Hortas Urbanas» é feito com diversos objetivos. Digamos que as famílias mais ricas o fazem numa perspectiva lúdica, pelo prazer de desenvolver uma atividade ao ar livre e simultaneamente beneficiar das vantagens de produtos frescos de produção própria, enquanto que as classes mais desfavorecidas da sociedade o fazem porque estas hortas assumem um papel fundamental na economia familiar, como fonte de rendimento.
Como é evidente, as nossas cidades caminham aceleradamente para um excesso de urbanização por isso é importante o sustento e a dinamização destas hortas urbanas como ideia de um